Em 26 de junho celebramos o Dia Nacional do Diabetes Mellitus, em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde. É um dia para lembrarmos que existem meios para prevenção e cuidados específicos para os portadores do diabetes.
Se não cuidado o Diabetes Mellitus pode ter as seguintes COMPLICAÇÕES:
– Retinopatia diabética: lesões que aparecem na retina do olho, podendo causar pequenos sangramentos e, como consequência, a perda da acuidade visual;
– Nefropatia diabética: alterações nos vasos sanguíneos dos rins fazem com que haja a perda de proteína na urina; o órgão pode reduzir sua função lentamente, porém de forma progressiva, até sua paralisação total;
– Neuropatia diabética: os nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro, provocando sintomas como: formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos; dores locais e desequilíbrio; enfraquecimento muscular; traumatismo dos pelos; pressão baixa; distúrbios digestivos; excesso de transpiração e impotência;
– Pé diabético: ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma úlcera (ferida). Seu aparecimento pode ocorrer quando a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados. Qualquer ferimento nos pés deve ser tratado rapidamente para evitar complicações que podem levar à amputação do membro afetado;
– Infarto do miocárdio e acidente vascular: ocorrem quando os grandes vasos sanguíneos são afetados, levando à obstrução (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro. O bom controle da glicose, somado à atividade física e medicamentos que possam combater a pressão alta e o aumento do colesterol e a suspensão do tabagismo, são medidas imprescindíveis de segurança. A incidência deste problema é de 2 a 4 vezes maior nas pessoas com diabetes;
– Infecções: o excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico, aumentando o risco de a pessoa com diabetes contrair algum tipo de infecção. Isso ocorre porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate aos vírus, bactérias, etc.) ficam menos eficazes com a hiperglicemia. O alto índice de açúcar no sangue é propício para que fungos e bactérias se proliferem em áreas como boca e gengiva, pulmões, pele, pés, genitais e local de incisão cirúrgica.
TRATAMENTO:
- Para Diabetes Mellitus tipo 1: exige o uso de insulina por via injetável para suprir o organismo desse hormônio que deixou de ser produzido pelo pâncreas. A suspensão da medicação pode provocar a cetoacidose diabética, distúrbio metabólico que pode colocar a vida em risco.
- Para Diabetes Mellitus tipo 2: não depende da aplicação de insulina e pode ser controlado por medicamentos ministrados por via oral. A doença descompensada pode levar ao coma hiperosmolar, uma complicação grave que pode ser fatal.
PREVENÇÃO E CONTROLE:
A dieta alimentar equilibrada é fundamental para o controle do diabetes. A orientação de um nutricionista e o acompanhamento de psicólogos e psiquiatras podem ajudar muito a reduzir o peso e, como consequência, cria a possibilidade de usar doses menores de remédios.
Atividade física é de extrema importância para reduzir o nível da glicose nos dois tipos de diabetes.
Para pacientes com histórico familiar de Diabetes Mellitus devem:
– Manter o peso normal; não fumar; controlar a pressão arterial; evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas; praticar atividade física regular.
Para pacientes com Diabetes Mellitus:
– Realizar exame diário dos pés para evitar o aparecimento de lesões;
- Manter uma alimentação saudável;
- Utilizar os medicamentos prescritos;
- Praticar atividades físicas;
- Manter um bom controle da glicemia, seguindo corretamente as orientações médicas.
Pacientes com longa história de diabetes, mau controle metabólico, presença de complicações e doenças concomitantes e, especialmente, os idosos (>60 anos), independente do tipo de diabetes, não têm maior risco de infecção da Covid-19, mas, sim, de maior gravidade da doença.
Os números do Diabetes no país podem ser mudados com a ampliação do acesso à alimentação saudável, livre de ultra processados e de atividade física.
Para o acompanhamento e o controle da doença, a Estratégia da Saúde da Família e outros serviços de atenção primária, devem estar cada vez mais presentes na vida dos brasileiros.
Fonte: Ministério da Saúde.